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Tratamento da Leishmaniose

Diagnóstico e tratamento da Leishmaniose

Vimos nesse post que a Leishmaniose é um conjunto de doenças graves e infecciosas que podem atingir tanto os pets quanto os humanos. Hoje, além de retomarmos alguns aspectos relativos aos sintomas e prevenção, falaremos do diagnóstico e do tratamento da Leishmaniose.

Atualmente, as Leishmanioses podem ser classificadas em dois tipos principais: a Leishmaniose Cutânea e a Leishmaniose Visceral.

  • Leishmaniose Cutânea: Cães contaminados com os protozoários da Leishmaniose Cutânea costumam sofrer com alopecias (falhas na pelagem), lesões ulceradas nas orelhas, bolsa escrotal, focinho e face. As feridas podem aumentar de tamanho, com formação de crostas e secreções purulentas, com dificuldade no processo de cicatrização.

Em seres humanos, a Leishmaniose Cutânea pode se manifestar através de feridas que não doem e que não curam. Procurar um serviço médico é fundamental para identificar e tratar a doença.

  • Leishmaniose Visceral: A Leishmaniose Visceral é uma enfermidade sistêmica e que necessita de tratamento imediato. Em seres humanos, ela atinge principalmente o fígado, baço, linfonodos, medula óssea e pele. No entanto, nos estágios mais avançados, todos os órgãos podem ser afetados. Se não for tratada, pode evoluir para óbito em até 90% dos casos.

Febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço também são sinais clínicos comuns.

Cerca de 80% dos cães infectados com Leishmaniose Visceral não apresentam sinais clínicos. Porém, os que apresentam, costumam manifestar crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, falta de apetite, feridas ao redor dos olhos, pontas das orelhas, focinho e conjuntivite.

Transmissão da Leishmaniose

A transmissão da Leishmaniose é feita por insetos (flebotomíneos) que se alimentam de sangue, especialmente o mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Os animais silvestres e os insetos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo são as principais fontes de infecção.

No entanto, os cães domésticos são considerados reservatórios importantes da doença, os principais hospedeiros em áreas urbanas como Florianópolis – e merecem um cuidado especial. A partir deles, os mosquitos podem facilmente levar a doença para as pessoas.

Um estudo científico da Universidade do Sul de Santa Catarina, coordenado pelo Professor Adriano de Souza Neto e seus colaboradores, realizou uma análise retrospectiva de exames laboratoriais para Leishmaniose. Os pesquisadores avaliaram  848 cães da região da grande Florianópolis, entre o período dos anos de 2012 e 2016. Os resultados mostraram que 144 animais (17% da amostra), possuíam resultados positivos nos exames de sangue.

Diagnóstico em cães

Caso o seu cão apresenta alguns dos sintomas listados acima, procure imediatamente o médico veterinário para o tratamento da Leishmaniose. O pet e toda a sua família podem estar correndo um grande risco.

A Leishmaniose pode ser identificada através de histopatologia. Nesse exame, um pequeno fragmento do corpo é retirado, como um pedaço de pele, e enviado ao laboratório, para análise. O Diagnóstico também pode ser realizado por citologia aspirativa. Nessa técnica, o médico veterinário aspira as células de determinado órgão com uma agulha, e encaminha o material para avaliação.

Em ambas as formas, o diagnóstico da Leishmaniose em cães é conclusivo, caso o parasita seja visualizado.

No entanto, caso o parasita não seja identificado nesses testes, os veterinários podem fazer o diagnóstico da Leishmaniose também através de coleta de sangue. Assim, é possível avaliar como anda o sistema imunológico do cão e a presença ou não de anticorpos específicos para a Leishmaniose.

Tratamento da Leishmaniose

As Leishmanioses podem ser bastante perigosas tanto para os pets quanto para os seres humanos. Por isso, se você apresenta feridas que não cicatrizam e febres sem motivo claro, procure imediatamente o médico.

  • Em seres humanos: O tratamento da Leishmaniose pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais precoce o diagnóstico, melhores as chances de cura.
  • Em cães: Infelizmente, a doença ainda não tem cura. A medicação disponível para o tratamento da Leishmaniose nos pets não elimina totalmente o parasita, apenas diminui a sua carga parasitária, atenuando os sintomas.

Com os novos medicamentos, as lesões e demais sinais da doença desaparecem. Os cães passam a viver como os animais saudáveis e tendem a deixar de ser fonte de transmissão.

No entanto, é  preciso lembrar que, apesar das aparências, o parasita continua vivendo no organismo do pet.

Por isso,  os cuidados devem ser intensos e contínuos, com acompanhamento veterinário periódico. Uma vez infectado com Leishmaniose, o cão terá que repetir o tratamento e realizar os exames e avaliações pelo resto da vida.

Caso o animal não receba o tratamento adequado, a Eutanásia é a medida de saúde pública recomendada pelo Ministério da Saúde. Um animal doente mantém o parasita em circulação e aumenta os riscos de pessoas e de outros cães se contaminarem.

A decisão sobre o destino do pet contaminado é exclusiva do seu tutor. No entanto, a negligência constitui crime contra a saúde pública, além de crime ambiental por maus tratos ao animal.

Lembre-se: A prevenção é tão importante quanto o tratamento da Leishmaniose. Procure vacinar o seu pet contra a doença e consulte o médico veterinário sobre as demais medidas preventivas.

Cuide da saúde do seu pet e de toda a sua família. Visite o médico veterinário periodicamente, faça todos os exames necessários e previna-se contra a leishmaniose. Na Vet Village, os cuidados são rigorosos. Aqui, o seu amigo recebe a atenção e o cuidado que merece.