Câncer de pele em cães e gatos

Câncer de Pele em Cães e Gatos

Câncer de pele em cães e gatos

Assim como acontece com os seres humanos, o sol também é muito importante para a saúde dos pets, especialmente para a metabolização da Vitamina D. No entanto, também como acontece conosco, a exposição excessiva dos animais de estimação aos raios solares pode ser muito perigosa, até mesmo fatal.
O câncer de pele em cães e gatos é uma realidade e exige atenção. A doença está virando rotina nas clínicas especializadas em dermatologia veterinária, como a Vet Village. Abaixo, o Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia, explica os riscos e as principais formas de prevenção deste grave problema.

O que é o câncer de pele?

O câncer de pele é uma neoplasia maligna, provocada pela proliferação irregular de células do organismo do animal. E a exposição ao sol está diretamente relacionada com esse fenômeno.

“Cães e gatos podem possuir manchas e pintas naturais, os chamados lentigos. Nessas regiões, há uma concentração maior e natural de melanócitos. No entanto, a exposição crônica ao sol pode fazer com que estas células se multipliquem de forma irregular, podendo levar ao câncer” – Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia.

A doença pode se manifestar de diferentes formas e apresentar diferentes níveis de agressividade.

“O carcinoma espinocelular é um dos tipos mais comuns de câncer em cães e gatos. No entanto, eles também podem ter melanomas, um dos tipos mais agressivos de câncer. Em alguns casos, o câncer de pele em cães e gatos pode se espalhar para outros órgãos, como os pulmões, e levar o pet ao óbito em questão de semanas” – Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia.

Como identificar o câncer de pele em cães e gatos?

O câncer de pele em cães e gatos é uma doença silenciosa. O quadro clínico agudo costuma aparecer apenas na fase terminal.
Na maior parte das vezes, o câncer de pele em cães e gatos se manifesta através de manchas escuras e irregulares, que crescem e se multiplicam rapidamente. No entanto, algumas vezes, a doença não apresenta esse sinal. O melanoma, por exemplo, pode ser claro e esbranquiçado.
O câncer de pele em cães e gatos também pode provocar nódulos e relevos nas manchas. Lesões avermelhadas, hiperêmicas (com aumento de tecido) e descamativas podem ser sinais de câncer de pele em cães e gatos.

Pelagem e áreas sensíveis

Cães e gatos possuem uma cobertura relativa de pelos. Apesar disso, muitas áreas do corpo destes pets não possuem pelagem e podem estar expostas diretamente aos raios solares. Os pets albinos são ainda mais sensíveis. As áreas mais delicadas são:

  • Cabeça;
  • Focinho;
  • Orelhas (parte interna e externa);
  • Pálpebras;
  • Virilha;
  • Abdome;
  • Membros e patas.

“É preciso lembrar que, por baixo da pelagem, cães e gatos podem ter a pele bastante clara e até mesmo albina. Os gatos merecem atenção especial. Eles costumam ter a pele mais clara do que os cães e tendem ao hábito de pegar mais sol” – Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia.

Prevenção

A primeira medida de proteção contra o câncer de pele em cães e gatos é evitar a exposição direta do pet ao sol, especialmente nos horários entre 10h e 16h.

“Os melhores horários para o banho de sol são no início da manhã, até as 10 horas, e no fim da tarde, depois das 16h. Mesmo assim, não se deve exagerar. Assim como nós, os pets precisam de aproximadamente 30 minutos de sol direto por dia no auxílio da metabolização corporal. Exposições mais longas podem ser exageradas e promover lesões na pele, inclusive nos horários indicados” – Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia.

Protetor solar em cães e gatos

Caso a exposição ao sol seja inevitável, o tutor deve aplicar protetor solar no pet pelo menos duas vezes ao dia. E o fator mínimo para a segurança e proteção contra o câncer de pele em cães e gatos é o 50.
Hoje, existem no mercado protetores solares desenvolvidos exclusivamente para cães e gatos. Há também a possibilidade de mandar manipular o produto (e conseguir fatores de proteção mais altos).

“O tutor deve aplicar o protetor solar em uma pequena área do corpo do pet, como o abdome. Após uma hora, se não houver irritação ou reação alérgica, pode-se aplicar o produto de forma completa no cão e no gato” – Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia.

Como aplicar o protetor solar no pet?

Para prevenir o câncer de pele em cães e gatos, os protetores solares devem ser aplicados nas áreas sem pelagem, mais expostas e sensíveis a esse problema. É importante aplicar os protetores solares no focinho, orelhas, nariz, virilha e abdômen. As patas e os membros inferiores também merecem atenção.

“O maior cuidado fica por conta das pálpebras. É muito comum que os cães e gatos tenham câncer nessa região, pois a aplicação de protetor solar nela é bastante difícil. Os tutores devem tomar cuidado para não irritar os olhos dos pets e não podem negligenciar essa área” – Dr. Adriano de Souza Neto (CRMV-SC 4404), Médico Veterinário Especializado em Dermatologia.

Fique atento à saúde do seu companheiro. Adote as medidas de prevenção ao câncer de pele em cães e gatos. Caso identifique o aparecimento de manchas e nódulos estranhos, procure imediatamente o médico veterinários especializado em dermatologia. A Vet Village está a sua disposição.